quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Natal é o Amor de Deus- Feliz Natal ,Cida Marques



Ah, se os homens compreendessem,
o sentido real do Natal,
Se todos se amassem com igualdade,
tivessem o amor, a caridade,
o mundo não seria tão desigual.

Natal, é quando você ora,
quando dobra os joelhos e chora,
as lágrimas do seu irmão,
que passa por você e mendiga,
um teto, um pedaço de pão.

Natal, é nascer todo dia,
é doar-se em gestos de amor,
é ser o sol que aquece,
ao irmão que adormece,
sem teto e sem cobertor.

Natal, é ser o acalento,
da criancinha faminta,
que lhe estende a mão,
com os olhos marejados,
ela suplica calada,
um pouco do seu amor.

O Natal, é todo dia,
quando se dá alegria,
quando você é uma luz,
iluminando os caminhos,
de todos os seus irmãos.


Natal, é viver plenamente,
em comunhão com Jesus,
Natal, é ajudar seu irmão,
à carregar sua cruz,
esse é o Natal verdadeiro,
é esse, o Natal de Jesus.



A Noite de Natal

Era a noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.
Vão-se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.
Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.
– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos



Canto de Natal

O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.


Versos de Natal

Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!
Mas se fosses mágico,
Penetrarias até o fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

Natal sem Sinos

No pátio a noite é sem silêncio.
E que é a noite sem o silêncio?
A noite é sem silêncio e no entanto onde os sinos
Do meu Natal sem sinos?
Ah meninos sinos
De quando eu menino!
Sinos da Boa Vista e de Santo Antônio.
Sinos do Poço, do Monteiro e da Igrejinha de Boa Viagem.
Outros sinos
Sinos
Quantos sinos
No noturno pátio
Sem silêncio, ó sinos
De quando eu menino,
Bimbalhai meninos,
Pelos sinos (sinos
Que não ouço), os sinos de
Santa Luzia.


Voto de Natal

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo!
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos!
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos.


E a corrida que siga, o facho não se apague!
Eu aperto no peito uma rosa de cinza.
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!


Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece,
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida…
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve:
dentro de mim não sei qual é que se eterniza.


Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas!
O calor destas mãos nos meus dedos tão frios?
Acende-se de novo o Presépio nas almas.
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos.
Nasceu Um Menino, de José Régio



Nasceu um Menino

Nasceu, nasceu um Menino,
Nasceu um Menino mais,
No bercinho pouco fino
Das palhas duns animais!

Que num vil curral por quarto
E entre uns pedregulhos nus,
Teve a santa dor do parto
A Mulher que o deu à luz.

Mas de cada vez, no mundo,
Que mais um ser aparece,
Quem pode descer ao fundo
Do que o Destino nos tece?

À hora em que Este chegava,
Lá para um cerro distante,
Por cada fibra chorava
Una velho cedro gigante.

Chorava porque sabia
Que em seu peito condenado
Aquele Menino, um dia,
Seria crucificado.

Ora cada vez, no mundo,
Que nasce mais um Menino,
Quem pode descer ao fundo
Do que nos tece o Destino?

Já, pelos céus fora, um astro
Descendo sobre o curral,
Abre para sempre um rastro
De alvor sobrenatural.
E o velho cedro, que chora
Porque se julga precito,
Pelos séculos em fora
Será sagrado e bendito.

Que abertos pelos espaços,
No azul sereno e profundo,
Do sangue duns outros braços
Seus braços dão Vida ao mundo.


Último Natal

Menino Jesus, que nasces
Quando eu morro,
E trazes a paz
Que não levo,

O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei

A contento
Da devoção,
Mal entoado,
Aqui te fica mais uma vez

Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça.

Como ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu sou humano,
Não há poesia em mim que te mereça

Natal

Os joelhos em terra,
as mãos erguidas, presas.
E Deus o céu descerra
aos murmúrios que rezas.

Brilham mais as estrelas.
Mais neve o céu derrama.
E, se por fora gelas,
por dentro és uma chama.

E beija a tua face
o luar que aparece,
como se Deus mandasse
um sim â tua prece.

Natal Africano

Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz… Mas é Natal.

Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.

Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.

Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Obrigado por ler até aqui!

O Natal está longe de ser apenas uma data comemorativa. Seu objetivo vai muito além de reunir os familiares para uma celebração anual. Para cristãos Cristo é – e deve ser-  a figura central desta data. Tudo que ele pregou – amor, abnegação, perdão, fé, etc. – é o que nos instiga a ser cada dia melhores. Para aqueles que não são cristãos, a data passa valores de comunhão, união e afeto, trazendo sorrisos e carinho independente de crenças.

  Foto: Cida Marques
Fonte de pesquisa :https://www.mensagenscomamor.com
https://demonstre.com/-poesias-sobre-o-natal

domingo, 9 de dezembro de 2018

Missa de Formatura e Apresentação- Escola Jardim de Infância Corina Bicalho Guimarães,2018


Música: Deus Menino/Autor: Pitter di Laura




Anjos a Cantar no Céu, nesta noite de natal!
Uma luz então brilhou para nos iluminar
 
Nasceu tão pequenino na gruta de Belém,
Lindinho e tão fofinho, cheirinho de neném,

Bochecha rosadinha, gostosa de apertar,
Bate o sino a tocar pois nasceu o Salvador!


É Ele o Deus menino que veio nos salvar!
Ding, ding, ding, dom (2x)

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Cantata de Natal / Escola Jardim de Infância Corina Bicalho Guimarães

Vem Chegando o Natal/Aline Barros

Vai começar

Um brilho no ar
Que festa tão linda
Você vai gostar!


Vem que está chegando o natal

Vem que está chegando o natal
Pois nasceu Jesus, o salvador

Estrelas no céu


A cintilar
Cores no ar
Vamos celebrar!

Vem que está chegando o natal

Vem que está chegando o natal
Pois nasceu Jesus, o salvador



                                           Alegria do Natal
  

É natal! Que alegria

Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Sinos tocam noite e dia!
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
É natal que vem chegando
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Vamos, pois, cantarolando
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la

Ô, ô, ô tra-la-la-la-la

Todos juntos exultemos
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Outros hinos recordemos
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Rei Jesus, melhor presente
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la

Mais um ano vai-se embora

Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Tudo é festa nessa casa
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Viva a gente abençoada
Tra-la-la-la-la---la-la-la-la
Feliz natal!

                                   Natal Todo Dia/ Roupa Nova

Um clima de sonho se espalha no ar

Pessoas se olham com brilho no olhar

A gente já sente chegando o Natal

É tempo de amor, todo mundo é igual
Os velhos amigos irão se abraçar

Os desconhecidos irão se falar

E quem for criança vai olhar pro céu

Fazendo pedido pro velho Noel
Se a gente é capaz de espalhar alegria

Se a gente é capaz de toda essa magia

Eu tenho certeza que a gente podia

Fazer com que fosse Natal todo dia
Se a gente é capaz de espalhar alegria

Se a gente é capaz de toda essa magia

Eu tenho certeza que a gente podia

Fazer com que fosse Natal todo dia
Um jeito mais manso de ser e falar

Mais calma, mais tempo pra gente se dar

Me diz porque só no Natal é assim

Que bom se ele nunca tivesse mais fim
Que o Natal comece no seu coração

Que seja pra todos, sem ter distinção

Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for

O melhor presente é sempre o amor.


Fonte: https://www.letras.mus.br/roupa-nova

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Apresentação da professora Lurdinha- Apaixonado Coração


                 
Projeto: Emancipação do Município de Mimoso do Sul-ES

 Quando o coração bater mais forte

A emoção vai começar

 Nada se compara ao sentimento

Verdadeiro de uma nação

Não tem tempo ruim pra essa galera
Faça sol ou chuva ela espera pra rever o garantido


 Eu vou seguindo o som da batucada

Se não tem tambor eu batuco com as mãos

Você quer sentir essa emoção?
Então vem!


 Vem balançar com a galera encarnada!

Então vem!
Deixa o cansaço pra depois, depois!
Então vem!
Vem balançar com a galera encarnada

Esse sentimento me liberta

Nada impede de eu soltar a minha voz
Essa energia me domina de paixão

Não tem solidão


Rubra inspiração, pulsa coração!

Pulsa coração vermelho
Pulsa coração
Pulsa coração vermelho
Apaixonado coração






quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Como fazer bonecas Abayomi ?

Sugestão de Oficina para boneca Abayomi.


bonecas(Abayomi) na Educação Infantil ,bom eu faria o seguinte:

1. Trabalharia com duas tiras de 30 cm altura por 10 cm de largura (preto ) para a produção do corpo) APRESENTE AS TIRAS JÁ CORTADAS PARA ELAS. Elas ficaram grandonas, mas nesta faixa de idade vc terá que produzir bonecas maiores por causa do manuseio.


2. Não intervira muito na produção delas, se ficar estranhas, deixe elas com certezas as acharam belíssimas!

3. Você precisara orienta-las para fazer o nó que será a cabeça da boneca, faça frouxo, acho que neste caso vc terá que ajudar sim, a sobra acima da cabeça é cabelo viu? Use criatividade, eu só corto em tiras fininhas e ficam lindossss!

3. Você também poderá já entregar esta faixa com um corte na vertical (tesoura) de mais ou menos 15 cm que será as pernas e que terá que ser dado mais dois nós (um em cada perna) que serão os pés.

4. depois faça um furinho central em um tecido quadrado de mais ou menos uns 20 cm, que será a tunica, as crianças deverão passar este furo na cabeças de suas bonecas, Levantar os bracinhos e amarrar na cintura da boneca uma faixa e pronto, lindas abaiomis para lindas crianças.

Não esqueça de contar a história e de usar tecidos ( malhas ) bem coloridas, depois volta aqui para postar sua experiência vamos adorar, aceitamos footos para registro.


Beijão da tia Cida Marques
Fonte: http://blogjackiegeo.blogspot.com

vídeo, contando a história das bonequinhas Abayomis


A mãe cativa, nos navios negreiros, observando o sofrimento dos filhinhos, rasga sua própria roupa e confecciona a boneca Abayomi, que significa Aquela que traz alegria, felicidade' - ABAY = encontro OMI = precioso.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A Princessa Alafiá-Dia da Consciência Negra


Era uma vez uma princesa chamada Alafiá ,que morava no reino de Daomé, no continente africano. Certo dia, durante uma festa na cidade da princesa, seu reino foi invadido por homens que possuíam armas de fogo. 

Apesar de todo povo ter lutado bravamente, não conseguiu resistir muito tempo, pois as armas dos invasores eram mais eficazes que o armamento do reino. 

A menina, seus pais, que eram rei e rainha da cidade ,e muitos de seus irmãos foram sequestrados para serem escravizados em uma terra muito distante.

Enfrentaram uma longa viagem marítima, dentro de um grande navio, empilhados como mercadoria, amarrados e espancados. Por causa desses maus tratos, muitos deles morreram. Desembarcaram depois de muito tempo em uma terra bonita, mas não era a África que tanto amavam e onde eram felizes. Nessa terra, Alafiá foi separada de seus pais. Esse momento foi muito triste, ela nunca esqueceu o rosto de sua mãe, a qual  chorava muito, no momento da separação.
Quando a princesa chegou ao lugar chamado fazenda, juntamente com muitos de seus irmãos negros, foi escolhida para fazer companhia para uma menina que todos chamavam de sinhazinha. Sinhazinha tinha pele e olhos claros, cabelos compridos, usava belos sapatos e vestidos, era bela a menina. Alafiá tinha a pele negra como a noite, olhos grandes e escuros, crespos cabelos e era tão linda quanto sinhazinha.
O tempo foi passando, Alafiá aprendeu a língua dos senhores da casa, assim como todos os outros escravizados. Crescia fazendo companhia para a menina e vendo seu povo sofrer de tanto trabalhar, apanhar e receber vários castigos. Ela nunca se conformava com aquela situação e desejava, no fundo de seu coração, que todo aquele sofrimento terminasse, queria, de fato, libertar a todos.



A princesa não se esquecia de sua terra natal. Nunca se esquecia das festas, das brincadeiras com outras crianças, das danças e, principalmente ,do fato de ser uma princesa, uma princesa africana.
Quando Alafiá dizia a alguém que era uma princesa, todos riam e diziam que ela estava maluca, que não passava de uma mucama, além de não se parecer nada com uma. As pessoas diziam isso porque as princesas que conheciam eram sempre de pele e olhos claros, longos cabelos, vestiam-se com belos sapatos e vestidos. Alafiá explicava que ela também era uma princesa e que todos os príncipes, princesas, reis e rainhas da África eram todos lindos e negros como a noite.
Com o passar do tempo, Alafiá tornou-se uma linda mulher e sempre com o mesmo desejo: libertar seu povo. Descobriu que muitos de seus irmãos, não aceitando aquele tipo de vida, fugiam para um lugar chamado Quilombo, onde se refugiavam com outros escravizados que fugiam de outras fazendas. Alafiá procurou saber onde ficava o tal Quilombo e tomou uma séria decisão: que iria ao encontro de seus irmãos negros para lutar contra a escravidão.

Em uma bela noite, tão bela quanto Alafiá, a moça esperou todos dormirem, pulou a janela da grande casa, passou pela senzala onde dormiam os escravos e enfiou-se mata a dentro. Andou durante toda noite; de manhã, parou para comer um pedaço de bolo e beber um pouco de água que levava consigo. Caminhou o dia todo, parou somente duas vezes para se alimentar, pois era muito forte e resistente.
Quando anoitecia novamente, Alafiá ouviu, ao longe, um som de tambores, semelhante ao que ouvia nas festas em sua terra natal e na senzala à noite ,quando o senhor da casa deixava os negros se reunirem. 

A moça seguiu animadamente a melodia que vinha do alto de uma montanha. Quanto mais ela corria em direção ao som, mais ele aumentava.
De repente, Alafiá chegou a um lugar onde todos dançavam felizes em volta de uma fogueira. No momento em que aquelas pessoas viram a moça, correram ao encontro dela, deram-lhe o que comer e deixaram que ela dormisse o resto da noite, pois estava muito cansada. De manhã , Alafiá contou a todos sua história, tudo que viveu até aquele momento. Passou, daquele dia em diante,a  morar ali e tornou-se muito amiga de todos  e querida por eles.
Um jovem que era líder e guerreiro do Quilombo apaixonou-se por Alafiá, e ela, por ele. Aprendeu a lutar e cavalgar brilhantemente com o rapaz e, cada vez mais apaixonados, casaram-se.
Todas as vezes que os guerreiros iam libertar outros irmãos, ou quando invadiam o Quilombo para tentar exterminá-lo, Alafiá lutava bravamente ao lado de seu esposo e dos outros guerreiros.
Apesar de muita luta e dificuldade, a jovem princesa sentia-se feliz, pois conseguiu levar a vida lutando por aquilo em  que acreditava, além de encontrar um grande amor.
SINARA RÚBIA
Fonte:http://sinararubia.blogspot.com/2013/05/o-conto-princesa-alafia.ht

terça-feira, 13 de novembro de 2018

A BONECA PRETA


Era uma vez uma bonequinha preta, que morava em uma linda casinha com a Mariazinha. As duas brincavam o tempo todo, e até dormiam juntas quando estavam cansadas.
Todos os outros brinquedos dormiam em outros lugares, pois a Mariazinha queria sempre a sua bonequinha preta junto. Mas, o que ela não sabia, era que as bonequinhas não dormem como as meninas; aquele tempo todo, sem ver o mundo aqui fora. Eram diferentes das meninas e meninos de verdade em muitas coisas.
Mesmo assim, Mariazinha ensinava à sua bonequinha preferida tudo o que aprendia com a mamãe: tomar banho, escovar os dentes, trocar roupas limpas, e tudo mais.
Naquele dia, quando foi dormir um pouquinho depois do almoço, explicou direitinho à bonequinha preta que ela não deveria subir sozinha na janela:
- A janela é muito perigosa! A criança pode cair lá fora e nunca mais voltar para casa. Papai disse que precisa ter gente grande perto sempre que a gente quiser ir à janela.
Mariazinha viu que a bonequinha preta entendeu tudo muito bem, como sempre. Então dormiu sossegada...
A bonequinha preta também começou a dormir mas, uma voz diferente, forte e interessante entrava pela janela trazendo uma novidade que ela não conhecia:
- Verdureiro, verdureiro! 
O que será isso, pensou a bonequinha preta. Mariazinha , que sempre sabia tudo, estava dormindo e não podia contar nada sobre verdureiros, que deviam ser seres novos e sensacionais! Ela precisava ver!
Talvez seja isto: um cara todo verde!
Ou quem sabe isto: alguém saindo assim do verde.
Também podia ser um destes: nunca tinha visto um.
- Verdureiro, verdureiro! 
Ir ou não ir só um pouquinho na janela? A dúvida passou rapidinho e logo ela já estava lá, tentando olhar tudo. Ela não queria cair, mas estava difícil ver. Subiu só mais um tantinho e tibum! - caiu lá embaixo!
Por sorte, o verdureiro estava passando bem na hora, e a bonequinha preta caiu em cima das verduras fofinhas de seu grande cesto. Ela era tão levinha que ele nem percebeu e continuou andando pelas calçadas com seu canto:
- Verdureiro, verdureiro! 
Passou por várias ruas onde a bonequinha preta nunca tinha ido, cada vez mais longe...
Então o verdureiro decidiu voltar para casa, pois já era tarde. Entrou pela garagem escura, sem ver a bonequinha preta assustada que estava ali. E subiu as escadas para chegar em casa, largando o cesto no chão.
A bonequinha preta começou a chorar, de tanto medo que estava daquele lugar estranho e escuro. Cair da janela assim tinha sido uma grande besteira, e a Mariazinha não ia gostar nada de ter sido desobedecida. Então chorou e chorou mais ainda, sem nenhum consolo...
Nenhum?
Um gatinho que ia passando por ali ouviu aquele choro tão doído e ficou com muita pena da bonequinha preta. Tentou fazer gracinhas para ela sorrir, mas não deu certo.
- Então, o que posso fazer por você?
- Não sei, eu fui olhar só um pouquinho na janela, sem a Mariazinha saber. Ela disse para eu não ir sozinha, e agora me perdi da minha linda casinha!
- Talvez eu possa ajudar. Os gatos passeiam pela noite, e se você me contar como é sua casa, talvez eu a encontre.
- É uma linda casinha branca, com janelas azuis, e uma menininha dentro, que deve estar muito triste agora.
E assim, o saiu pelas ruas à noite, procurando a casa certa. Procurou, procurou e...
Encontrou aquela linda casinha branca, com janelas azuis, e uma linda menininha que chorava muito.
-Vamos lá buscar sua bonequinha preta que caiu no cesto do verdureiro!
E lá foram os dois.
Quando chegaram, foi aquele abraço! Toda a choradeira passou e as duas se prometeram nunca mais se separar. Voltaram juntas para casa mas, na hora de se despedir do gato, ficaram com tanta pena, que o convidaram a morar com elas na linda casinha. Ele gostou muito da ideia.
Assim, a história acaba com todos felizes.

(História baseada na obra de Alaide Lisboa de Oliveira por Flávia Feijó)

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