Maria Aparecida Rodrigues Marques¹
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha
plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo
total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de
Serviços).
cidarmarques2@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Assim como acontece em outros níveis de ensino a Educação Infantil possui características próprias como também comuns há outros níveis de ensino. Nos últimos anos, muito se tem investido e falado nas melhorias na Educação Infantil, assim como nas políticas públicas que vem sendo implementadas visando a qualidade dos serviços oferecidos pelos profissionais de educação aos seus alunos e, neste sentido o papel do gestor escolar torna-se de suma importância para a qualidade e a eficiência da educação aqui trabalhada.
Muito embora muitos ainda considerem a educação
Infantil apenas como um lugar de recreação ou socialização, este espaço
representa para a o desenvolvimento do aluno um lugar onde o conhecimento
sistematizado começa a lhe ser transmitido sendo necessário para isso que haja
uma boa gestão e consequentemente um bom acompanhamento pedagógico fazendo como
que o professor encontre o suporte adequado para o desenvolvimento de suas
atividades diárias na sala de aula.
Muito embora esse pareça ser
um mundo “mágico”, cercado de afetividade e carinho por ser tratar da educação
de indivíduos de 0 a 5 anos (quando incluímos os CEIMs e o Pré- escolar), o
gestor precisa estar capacitado para enfrentar desafios corriqueiros em todas
as modalidades a fim de que consiga traçar os melhores direcionamentos com seu
corpo docente e administrativo.
Na Educação Infantil o gestor caracteriza-se
como sendo o indivíduo no qual se atribui boa parte dos sucessos e/ou fracassos
da instituição a qual gerencia, sendo também este o responsável para que
reivindique condições necessárias à aprendizagem com adequação dos espaços
escolares para desenvolvimento das atividades infantis, estando também focado
na administração dos recursos financeiros oriundos de verbas municipais,
estaduais ou federais além de outros proventos sempre comprometido com as
melhorias das relações interpessoais entre professores, funcionários e a
comunidade escolar como um todo.
A pesquisa bibliográfica analítica será
utilizada para todo desenvolvimento deste trabalho. Para discutir a temática: “A
Gestão Escolar na Educação Infantil - Desafios e Perspectivas”, a partir de
leituras em livros site e periódicos.
2- A EDUCAÇÃO INFANTIL
Para Machado (2000):
A Educação Infantil evidencia-se no cenário
nacional quando passa a ser considerada como a fase da educação que é o início
da formação básica do cidadão. Por meio do Parecer nº 20, de 09/12, criado pelo
Conselho Nacional da Educação (CNE) a Educação Infantil e traz as bases que
devem ser desenvolvidas nessa etapa ressaltando: a construção da identidade, função
sociopolítica e pedagógica, a definição do currículo e o processo de avaliação,
todos esses pontos constituem-se como sendo de grande valia para o pleno
desenvolvimento do aluno necessitando contar com isso com profissionais
especializados, competentes o suficiente para mediar à transmissão de
conhecimentos entre a criança não menosprezando os conhecimentos trazidos pelos
pequenos, mas agregando aos que ela pode vir a conhecer.
Todavia, evidencia-se mais uma vez a necessidade
de se ter na Educação Infantil, profissionais devidamente qualificados e
cientes de suas atribuições visando atender as especificidades das crianças.
Observa-se aqui que, a partir das determinações surgidas nos últimos anos a Educação Infantil assume-se como sendo de fato uma modalidade de ensino onde o a assistencialismo dê lugar a aprendizagem, fazendo com que professor além de cuidar ensine.
Segundo Santana (2017),
A Educação Infantil
compreende crianças de 0 a 5 anos de idade, onde são estimuladas através de
atividades lúdicas e jogos, a exercitar sua capacidade cognitiva e motora, a
desenvolver suas habilidades, a fazerem descobertas sobre si e sobre o meio que
lhe rodeia, antes de iniciarem o processo de alfabetização. São inúmeros os
problemas que abrange a educação das nossas crianças, pois é uma questão social
e não individual, não apenas da família ou da escola. (SANTANA, 2017, p.5).
As habilidades exploradas já a partir da
Educação Infantil visam fazer com que o aluno sinta-se um ser integrante do
meio que vive já a partir dessa modalidade. Objetiva-se neste instante fazer
com que o aluno seja inserido num contexto global e não apenas num contexto
educacional.
A educação está permeada por desafios que
demonstram a sua complexidade e importância para a sociedade. Ressaltamos a
relevância da Educação Infantil por ser o período em que os indivíduos se
desenvolvem nas dimensões: cognitivas, afetivas, corporais e sociais. Esse é um
período profícuo para a construção de conhecimentos. Cabe então, refletirmos
sobre a infância, buscando compreender este processo através da perspectiva
histórica a fim de apreender os diversos aspectos que interagem no exercício
profissional dos gestores que atuam com crianças desta faixa etária.
3.1- GESTÃO ESCOLAR NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Quando falamos em Gestão Escolar, faz-se
necessário que muito antes de pensamos apenas no caráter técnico-burocrática
que envolve atividades desenvolvidas por um indivíduo que se encontra como
gestor, há uma função política intrinsicamente ligada a este cargo educacional.
Outrora podemos ver a que uma gestão escolar está intrinsecamente relacionada
aos projetos, políticas públicas e tendências metodológicas e epistemológicas
que se edificaram na capacidade das condições históricas administrativas sejam
estas ditadas por uma secretaria ou por qualquer outro órgão competente.
O termo gestão escolar vem sendo usada na última década caracterizando-se como um forte argumento educacional seguido por várias mudanças no modo de direcionamento das questões referentes às condutas adotadas por aquele que está afrente das responsabilidades de uma instituição escolar. Assim hoje podemos caracterizar o gestor escolar seguindo o conceito da relevância de sua participação consciente e esclarecida, frente às tomadas de decisões e a partir das orientações e, planejamento de seu trabalho o qual reflete no trabalho desenvolvido pelos professores e nos resultados apresentados pelos alunos.
Ainda hoje fica difícil para o gestor conseguir
distinguir ou separar, o que vem a ser uma gestão democrática sugerida nas
maiorias das escolas atuais visto que administrar uma escola intrinsicamente
pode levar o gestor a ser induzido por um certo ar de dominação,
ou seja, por mais que a gestão atual seja algo menos pretencioso,
assumindo assim um caráter mais democrático
Observa-se que a gestão escolar está intimamente ligada aos
projetos, as políticas públicas e tendências metodológicas e epistemológicas
que se consolidaram na capacidade das condições históricas agregadas a
educação ao alongo dos anos.
Não há como dissociar a escola de sua realidade social. A
escola esta inserida em uma sociedade na qual a todo instante ocorrem inúmeras
mudanças e a administração mesmo de uma escola de educação infantil deve ser
adequada a essa realidade.
Há de se convir que a gestão seja de suma importância para
qualquer organização seja, ele pública ou privada, educacional ou não, e
em se tratando de gestão escolar esta adquire uma dimensão importantíssima,
pois ali estamos lidando com vidas e formação com a aprendizagem.
Para Medeiros (2003 apud SILVA 2017):
A gestão
democrática da educação está associada ao estabelecimento de mecanismos legais
e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação
social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de
decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na
execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da
política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que
garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do
ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa
educação universaliza da, são questões que estão relacionadas a esse debate.
(MEDEIROS, 2003, p.61 SILVA 2017).
A partir de então, temos que compreender que uma gestão
democrática deve ser pautada na tomada de decisão compartilhada, onde todos
tenham voz e ação, para que de fato ocorra um processo democrático no interior
da escola. No ambiente infantil tais atitudes não devem ser diferentes,
pois os desafios encontrados pelo gestor se aplicam a todo âmbito
educacional.
Nesse ínterim delegam-se as comunidades escolares, guiadas
por seus gestores aliados a sua equipe pedagógica se mobilizar para a ampliação
da democracia na escola, dando prioridade a assuntos que visam favorecer a
educação de qualidade e igualitária a todos, sempre pensando nas melhorias e
ações visam fazer com que a escola avance, e que possa de fato concretizar-se
para uma educação cuja sua principal finalidade seja a formação de cidadãos,
críticos e conscientes de seus direitos e deveres dentro da sociedade.
CONCLUSÃO
Ao dissertar sobre: Desafios e Perspectivas da Gestão Escolar na Educação Infantil foi possibilitado adentrar o complexo mundo da educação Infantil, o qual muito se assemelha as demais modalidades de ensino dentro de todas as suas especificidades e desafio e problemas enfrentados pelo gestor.
Desse
modo a partir dos estudos realizados tendo com base trabalho de vários
estudiosos, conseguiu-se analisar quais são os problemas que o gestor encontra
para oferecer uma educação de qualidade aos alunos e quais são os suporte
necessários para o desenvolvimento das atividades docentes, identificando
também os desafios encontrados para realização de suas atividades visando uma
melhoria na qualidade da educação ofertada nas creches.
A gestão escolar na Educação Infantil na atualidade deve ser pautada em uma gestão democrática onde por meio da participação de toda a comunidade escolar o gestor adquira condições de proporcionar a seus professores e consequentemente a seus alunos um trabalho de qualidade, seguindo ações que foram anteriormente traçadas e que com a parceria e envolvimento de todos devem ser desenvolvidas.
Enfim conclui-se que muito embora a gestão em
escolas de Educação Infantil encontre desafios, as perspectivas que rodeiam
este ambiente vai muito além dos entraves ali existente, fazendo com que
trabalho do gestor paute-se no comprometimento com toda a comunidade escolar em
prol de uma educação de qualidade para seus alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1998). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
MACHADO, M. L. de A. Educação Infantil em tempo de LDB. São
Paulo: FCC/DPE, 2000. Disponível em: file:///C:/Users/Ghost/Downloads/360-733-4-PB.pdf. . Acesso em: 29 jan. 2020.
MEDEIROS,
I.L. A gestão democrática na rede
municipal de educação de Porto Alegre de 1989 a 2000- a tensão entre reforma e
mudança. Porto Alegre: UFRGS, 2003. Dissertação (Mestrado em Educação).
Porto Alegre, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
2003. Disponível
em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24636_13546.pdf. Acesso em:
28 jan. 2020.
SANTANA, Katiane
Cardoso. A Importância Da Educação Infantil Para O Desenvolvimento Do
Indivíduo. XII Congresso
Nacional de Educação. Disponível em:
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD1_SA17_ID2022_09062016000008.pdf. Acesso em: 29 jan. 2020.
SILVA,
Jéssika Nogueira. Os Desafios Da Gestão
Democrática. Disponível
em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24636_13546.pdf. Acesso em:
28 jan. 2020.