segunda-feira, 30 de abril de 2018

Resenha-Geografia de Dona Benta,Monteiro Lobato



História de Dona Benta ensina a ciência geográfica de forma divertida e faz parte da coleção de livros de literatura infantil do autor, conhecida e apresentada pela editora como “Paradidático”. A obra possui trinta capítulos, dos quais os cincos primeiros são destinados à explicação científica. Os outros vinte e cinco capítulos descrevem as viagens de “O Terror dos Mares”, um navio de faz-de-conta, onde as personagens embarcam para estudar a “geografia do mundo”. Nessa viagem, a geografia deixa de ser uma matéria de estudo penoso e às vezes sem graça para se transformar em uma aventura linda, com paradas em inúmeros portos e descidas em terra para ver as coisas mais notáveis de todos os países.
O livro é elaborado com uma linguagem simples e de fácil entendimento, utiliza-se de termos comuns às pessoas, para explicar vocabulário técnico e baseia-se em objetos conhecidos para explicar os desconhecidos, permitindo assim uma experiência de imersão no mundo das letras na qual o livro ganha vida. E o leitor, ao dar vida ao livro, adentra um mundo de magia e fascínio, um mundo imaginário capaz de suscitar as mais diversas emoções.
Lobato compartilhou com as crianças o projeto que elaborou para reestruturar o espaço geográfico brasileiro. Esse projeto estava pautado na industrialização, no trabalho eficiente, na exploração dos recursos naturais, na educação, na construção de uma identidade nacional, na democracia e em uma política territorial, visando a desenvolver o país e a melhorar a condição de vida da população.
A história tem seu desenrolar com a turma do Sítio (Dona Benta – ensinando Geografia –, Tia Nastácia, Emília, Narizinho e Pedrinho, Visconde e Quindim) embarcada em um navio chamado “Terror dos Mares” viajando por diferentes lugares do Brasil e do mundo para aprender Geografia “na prática”.
A viagem ficcional teve início pelos estados brasileiros e destacou os aspectos socioeconômicos e físicos desses territórios, enfatizando como os seus habitantes podem explorar os recursos disponíveis para alcançar o progresso. No Rio Grande do Sul, por onde começa a viagem, “uma das partes mais importantes, mais ricas e de mais futuro do Brasil. Tem todas as condições de clima e topografia para desenvolver-se cada vez mais. O povo é sadio e corajoso. E entusiasta. Um povo feliz. As culturas são variadíssimas; produz até trigo; e as indústrias se desenvolvem com muita força.“
Aproveitando a proximidade do Rio Grande do Sul com a Antártida, a turma do Sítio resolve visitar essa terra gelada, e ali Dona Benta explica o que são os polos e o clima que atua nessa porção do planeta. Depois seguem para o Mato Grosso, onde Dona Benta comenta que o petróleo pode conduzir esse estado ao desenvolvimento, mas alerta para a ineficiência de suas vias de transporte. A questão do petróleo invade as próximas páginas, trazendo para a narrativa a posição de Lobato sobre a exploração do petróleo no Brasil.
A tripulação chega a São Paulo pelo porto de Santos, a grande porta de entrada e saída das mercadorias do país. Na capital, as crianças se impressionam com a grande quantidade de fábricas e de veículos trafegando, oportunidade para a introdução da questão do combustível: “ O petróleo é o rei dos combustíveis modernos (…) Os Estados Unidos tornaram-se o país mais rico do mundo porque é de todos o que produz mais petróleo.” A comitiva segue rumo ao Rio de Janeiro, uma região que não conseguiu substituir o trabalho dos negros nas lavouras, “a região sofreu muito. Em certas zonas o sapé e a saúva tomaram contas das terras”. Depois de passarem por Minas Gerais, grande produtor de ferro, entra em foco o Espírito Santo e o Nordeste brasileiro. Aí comenta-se sobre as secas e suas conseqüências, e D. Benta sugere soluções, como a irrigação e o aproveitamento comercial do babaçu. Ou seja, apresenta-se uma explanação dos problemas da região com propostas de soluções viáveis e coerentes. A realidade do país é posta de forma clara aos olhos dos pequenos leitores.
Na apresentação da Amazônia, uma longa explanação sobre os recursos das águas e das florestas mostra a preocupação com a possível exploração da região, o que evidencia a idéia do autor de formar uma consciência ambiental nas crianças brasileiras. Em seguida Dona Benta apontou uma pequena faixa de terra que liga a América do Sul à América do Norte – era a América Central. Seguindo sempre para o norte, chega ao México, país para o qual Dona Benta não poupa elogios: “a nação mais interessante de toda a fieira de nações plantadas pelos latinos na América (…) Tem uma arte toda sua, pintura sua, música sua, cerâmica sua, arquitetura sua, costumes só seus (…)  Depois falou de Tampico, perto da qual se descobriram os primeiros poços de petróleo mexicano”. A Cordilheira dos Andes aponta a proximidade aos Estados Unidos, país para o qual não poupa rasgados elogios: “Esse país é a glória do continente americano (…), o maior em riqueza, em civilização e em poder”. Depois de muitos adiamentos, o “Terror dos Mares” conseguiu partir rumo ao Canadá. Um país pouco povoado. “É só gelo e mais gelo”. Logo chegavam à Groenlândia, à Ásia e ao Japão, um império que vem assombrando o mundo, a caminho de se tornar uma grande potência; em seguida passam pela Velha China, com direito a uma parada para uma pequena excursão, Oceania, Índia, vista como “um mundo dentro do mundo”, Mar Vermelho e África, Mediterrâneo e Europa com destaque aos pontos turísticos.
“O regresso do ‘Terror dos Mares’ ao Brasil realizou-se a galope.” O fim de uma longa viagem cheia de originalidade e imprevisto; na aula ministrada por Dona Benta, revela-se um projeto de nação que Lobato pretendia para o país: evidencia nosso potencial econômico e energético e apresenta idéias para uma política territorial, ao mesmo tempo em que desvaloriza (na figura de Tia Nastácia), explícita ou subliminarmente, o povo brasileiro em sua parcela menos favorecida economicamente.
                                                    Fonte:https://literaturaparacriancas.wordpress.com

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Olá meus lindos leitores!!- RESENHA - SACI



Sei que estou ausente! Mas é que eu trabalho de 7 às 17 horas, nem sempre levo o computador para atualizar as postagens do blog! Mas agora estou na frente de um e vamos a resenha!!!
 
O Saci
Este livro de Monteiro Lobato narra mais uma temporada de férias de Pedrinho. O valente neto de Dona Benta vai ao Sítio do Pica-pau Amarelo em busca de novas aventuras e resolve caçar um Saci. Depois de capturar o mais famoso personagem do folclore brasileiro, Pedrinho faz um trato com o Saci e os dois se tornam amigos inseparáveis, participando juntos de aventuras incríveis.


Essa é um aventura vivida por Pedrinho, que assim que entrou de férias, foi correndo passá-las lá no sítio de sua avó, o Sítio do Pica-pau Amarelo. Lá começou com ideias de ir caçar na mata virgem do local. Dona Benta, sua avó, tentou afastar essa ideia de sua mente e foi falando dos perigos que ele encontraria lá, mas Pedrinho insistiu que não tinha medo de nada, até sua vó mencionar os sacis. Ele tinha um certo medo dessa criaturinha da mata. Mesmo assim tinha muito interesse em saber mais sobre eles e por isso procurou pelo tio Barnabé para tentar recolher algumas informações, um vez que o negro velho sabia muitas coisas da vida.
Ele lhe contou exatamente como eles eram, as travessuras que faziam, sua experiência com um saci e o mais importante, como capturá-lo com a peneira. Com isso, Pedrinho não conseguia parar de pensar no assunto e decidiu que precisava pegar um para si. 
Ele contou sua ideia à Narizinho e no dia, acabou por ajudá-lo. Conseguiu pegar o saci e o guardou na garrafa. Aquele era seu grande triunfo. Noutro dia enganou Dona Benta e se aventurou pela mata virgem. Agora ele não tinha mais medo. Tinha um saci que o protegeria de tudo e obedeceria a suas ordens. 
Ao adentrar a mata ficou surpreso pela beleza do lugar. Quanto mais ele avançava, mais o saci na garrafa se agitava. Até que ele o alertou que estavam no coração da mata e sem a ajuda dele, Pedrinho jamais sairia do lugar com vida. Assim, o menino resolveu soltar o saci em troca de proteção até voltar são e salvo para casa.
Com isso, eles passaram bastante tempo juntos e Pedrinho descobriu o quanto a criaturinha era legal e divertida. O saci mostrou ao menino alguns segredos das matas, apresentou e falou um pouco sobre os seres mitológico que ali viviam. Em certo momento até tiveram uma filosófica conversa sobre a diferença entre os homens e os animais onde Pedrinho se manteve seguro de seus argumentos e achava que os homens eram soberanos.

"Pedrinho, não se meta a defender o bicho homem, que você se estripa."
Em certo momento, uma coruja, que era escrava do saci, contou que Narizinho fora seqüestrada pela cuca. Os dois esqueceram as diferenças e foram em busca da menina que também teve uma grande aventura, mas completamente diferente da de Pedrinho e o Saci.
- O QUE EU ACHEI - 
Esse foi a primeira história que eu li do autor e gostei bastante! Ele é muito bem detalhado, principalmente no início onde Monteiro Lobato descreve o sítio. O livro é dividido em capítulos e é ilustrado. 
Avançando na leitura você percebe que o texto é super inteligente, com muitas reflexões interessantes não só para as crianças, mas tmbém para nós adultos. 
Nele podemos conhecer muitas lendas da nossa mitologia que são muito curiosas, mas também bizarras! O autor escreve tão bem que parece realmente que esse mundo existe. Você consegue imaginá-lo com tanta força e riqueza de detalhes, que é muito fácil torná-lo crível. 
Recomendo a leitura de O Saci e pretendo ler os outros títulos de Monteiro Lobato!!


A lenda da malvada Cuca

 “Cuidado com a Cuca

Que a Cuca te pega
A Cuca é danada
Ela vai te pegar”. 

A Cuca é um jacaré bípede de cabelo amarelo e voz horripilante que, na verdade, é uma velha bruxa encantada. Antes, dizem que era um dragão que chegou ao Brasil junto com outras lendas portuguesas desde os primórdios da colonização.
Diz a lenda que a Cuca mora em uma caverna, onde vive fazendo poções mágicas. Como só dorme uma noite a cada sete anos, ela está sempre atenta para seqüestrar crianças desobedientes. Mas em geral nem precisa levar as crianças, porque só o seu grito já as assusta a léguas de distância.
Amiga do saci-pererê, a malvada da Cuca ficou mesmo famosa foi com o “Sítio do Pica-pau amarelo”, obra do escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948), transformada em seriado de TV entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1980.
Foi nas obras do escritor brasileiro Monteiro Lobato que a personagem Cuca ganhou popularidade. No “Sitio do Pica-pau amarelo”, transformado em série de televisão no final dos anos 70 e começo dos 80, a Cuca passou a ser conhecida nos quatro cantos do país.
Na TV, a Cuca era uma espécie de jacaré bípede com cabelo amarelo e uma voz horripilante, que tinha a ajuda do saci-pererê. Malvada, morava num lugar escuro (caverna) onde, como se fosse uma bruxa, ficava fazendo poções mágicas. Existe até uma música que foi feita para a Cuca da TV:
MÚSICA DA CUCA 

(Cássia Eller)
Cuidado Com a Cuca

Que a Cuca te pega
Te pega daqui, Te pega de lá

A Cuca é malvada

E se fica irritada
A Cuca zangada
Cuidado com ela
A Cuca é matreira

E se fica zangada

A Cuca é danada
Cuidado com ela
Cuidado com a Cuca
Que a Cuca te pega
Te pega daqui, Te de lá

A Cuca é malvada

E se fica irritada
A Cuca zangada
Cuidado com ela.

Cuidado com a Cuca

Que a Cuca te pega
A Cuca é danada
Ela vai te pegar

ANOTE AÍ:
A palavra Cuca vem da língua indígena tupi e tem muitos significados:
– Em tupi quer dizer: tragar ou engolir de uma vez só.
– É uma expressão que faz medo nas crianças.
– Em algumas regiões do Brasil é usada pejorativamente para dizer que uma mulher é feia ou velha.
– É o nome de uma torta de frutas feita no sul do Brasil, feita com farinha de trigo, manteiga, ovos e fermento, e coberto com açúcar.
– Em Pernambuco é o nome que se dá ao rolo de mato  que se faz nas roçagens em que se emprega o gancho.
– É também uma palavra utilizada para indicar inteligência ou perda de juízo: Cuca-legal, Fundir-a-cuca (virar a cabeça).

terça-feira, 24 de abril de 2018

Resenhas de algumas Obras de Monteiro Lobato

    

 Caçadas de Pedrinho


Publicado em 1994 - Editora Pallotti. O livro apresenta uma leitura fácil e prazerosa. O mesmo está dividido em 13 capítulos e contém 43 páginas.É indicado para o público infantil, uma vez que os adultos talvez não tenham paciência para acompanhar o enredo é construído em aventuras infantis.O texto apresenta descrições dos personagens do sítio do pica pau amarelo como a boneca Emilía que é feita de pano na extremidade da pele e por dentro é de carne e osso, há o Visconde feito de sabuco de milho.A história acontece envolvendo a aventura das crianças que resolvem matar uma onça, e conseguem.Depois decidem adotar um rinoceronte.

                                                   Reinações de Narizinho 

Escrito em 1931, por Monteiro Lobato,foi a obra no qual começou a história do Sítio do Picapau

Amarelo. Nele, foram apresentados todos os personagens que são famosos até
hoje. Narizinho, Emília, Pedrinho, Visconde, Rabicó, Quindin, Anastácia, o
Burro Falante e entre outros personagens.

O livro é composto por várias histórias,

aventuras da turma do Sítio. E são separadas por capítulos. Algumas contam com
a ‘participação’ de personagens já conhecidos na época, como Branca de Neve e
Cinderela.

Os personagens principais são, uma avó, dona do sítio e sua neta Narizinho, no

sítio também vive a empregada Anastácia, da etnia negra. A partir daí, todos os
outros personagens são imaginários, ou seja, não são pessoas ‘normais’ como,
por exemplo, Visconde de Sabugosa, um sabugo de milho que ganha vida nas mãos
de Anastácia e também por ter os livros como dormitório. Há também o Marquês de
Rabicó, um porco que diz ser nobre para encantar Emília. Ela é uma boneca de
pano feita por Anastácia. Narizinho é a sua companheira, a leva para todos os
lugares inclusive para o riacho do sítio, onde conhece um habitante das águas,
Príncipe das Águas Claras. Apaixonado, propõe Narizinho em casamento. Após um
tempo, Narizinho decide aceitar e leva consigo Emília. Então, pede para o
Príncipe leva-la para o médico das águas claras, Dr. Caramujo. Após dar pílulas
para Emília, a boneca começa a falar, ou seja, ganhou vida.

Há também outro personagem ‘humano’. Ele se chama Pedrinho, neto que não mora no

sítio e vai nas férias visitar a avó e se aventurar, já que na cidade há muita
modernização e a imaginação não é cultivada.

Além dessa, também há outras aventuras, umas só voltadas para Pedrinho, por exemplo.
 As obras de Monteiro Lobato, apesar de serem voltadas ao público infantil, podem

agradar também pessoas de todas as idades.

A realidade e a fantasia se misturam no livro, como a mente de uma criança,

imaginação sem fim, lugares que só são possíveis de chegar através da
imaginação. E esses lugares, esses personagens imaginários são levados pro
papel, com histórias e aventuras diferentes enfatizando também o folclore
brasileiro, alguns inclusive lembrando os do amazonas, como o Saci.

 Pela Rede Globo, foram produzidas duas versão do episódio Reinações de Narizinho, a

primeira em 1982, tendo como Narizinho interpretada por Daniele Rodrigues e
Emília por Reny de Oliveira.

A segunda versão foi em 2001, Narizinho interpretada por Lara Rodrigues e Emília por

Isabelle Drummond.

                                                           O poço do Visconde

A imaginação criativa de Monteiro Lobato, como antecipando um sonho, descreve o Visconde de Sabugosa como o responsável intelectual ensinando geologia aos demais, já que era intenção de todos perfurarem o primeiro poço de petróleo brasileiro situado exatamente no Sitio do Pipapau Amarelo. 
A empolgação dos personagens era tanta, que depois de acaloradas discussões entre Dona Benta, Tia Anastácia, Narizinho, Marquês de Rabicó, Pedrinho e o Visconde de Sabugosa, a opinião da boneca Emília acabou prevalecendo e ela fez questão, imitando os americanos, de dar nome ao poço: Caraminguá nº 1. 
Na solenidade de inauguração do poço, Pedrinho colocou um letreiro em letras garrafais que dizia:“Salve! Salve! Salve! Deste abençoado poço – Caraminguá nº 1, a 9 de agosto de 1938, saiu, num jato de petróleo, a independência econômica do Brasil”.
Vejam vocês que ironia, mesmo com suas idéias julgadas utópicas e considerado um lunático, Monteiro Lobato insistiu no tema escrevendo uma obra infanto-juvenil para através dela “cutucar” as autoridades e alertar a opinião pública, e o resultado está aí! Ninguém podia imaginar o que acontece hoje com o Brasil, – a despeito dos atuas políticas de exploração do setor – um dos maiores produtores de petróleo do mundo. 
E a literatura brasileira, felizmente, em função da prepotência, arrogância e “burrice” eu diria por parte do setor governamental na época, foi premiada com uma inquestionável obra-prima. “O POÇO DO VISCONDE” ainda é encontrado em muitas livrarias espalhadas pelo país. E eu não tenho nem o que falar sobre o livro, a não ser, dentro da minha mesquinhez, recomendar a leitura, pois é um livro, além de encantador pela sagacidade e astúcia manifestada através das brincadeiras hilariantes, jocosas e não menos criativas dos personagens, também uma manifestação de brasilidade sem igual; com certeza, quem não leu, irá adorar. 
  Memorias de Emília

Esta obra do consagrado autor Monteiro Lobato, cuja primeira edição foi lançada no ano de 1936, trata de uma espécie de resumo de algumas aventuras (ou “reinações” como o próprio autor define) encenadas pela turma do Sítio do Picapau Amarelo, com maior destaque para o caso do anjinho do céu.
O livro inicia-se com Emília, a boneca falante, resolvendo escrever suas memórias e relatando essa ideia a Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho. Ao ouvir a pretensão de Emília, Dona Benta indaga a boneca se esta sabia o significado de memórias. A partir daí as duas envolvem-se em uma divagação acerca do que seria verdade e o que seria mentira, partindo do pressuposto de que os autores de memórias mentem para que elas fiquem mais interessantes, e concluem que “verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia”. Percebe-se aí uma crítica à sociedade como um todo, baseada em mentiras e interesses, tão comuns na época quanto o são hoje. A boneca é uma espécie de encarnação da antimentira, pois em nenhum momento aceita não falar a verdade, chegando muitas vezes a parecer mal-educada ou rude por dizer o que pensa. Emília não liga para as conveniências, fala aquilo que lhe vem à cabeça, sem medo de ofender.
Pode-se até discutir a forma como certas verdades devem ser faladas, mas não se pode negar que a boneca fala o que muitas pessoas pensam. Excetuam-se os casos em que ela transmite certas ideias preconceituosas a nosso olhar de hoje, porém, como se sabe, tais perspectivas devem ser inseridas no universo ideológico da época e contrastadas com outras mais avançadas em relação ao seu tempo (como o próprio comportamento questionador e irreverente da boneca). Tais perspectivas – ideologicamente aceitáveis ou não – podem ser utilizadas para mostrar aos alunos a historicidade e a efemeridade das idéias, ou seja, é um reflexo do pensamento da época em que o livro foi escrito e, portanto, aquilo que se apresenta preconceituoso é fruto da época e deve ser ultrapassado.
O fim da história do anjinho tem como principais heróis as crianças do sítio, por mais que Peter Pan os ajude, mostrando, assim, uma valorização do nacional pelo autor. A ideia de como salvar o anjinho das mãos do marinheiro Popey surge da cabeça brasileira de Emília, e a execução começa com o herói do sítio, Pedrinho. Nota-se também a importância do nacional quando Emília mostra a Alice (do País das Maravilhas) o valor do sítio: a personagem inglesa dizia à boneca que o país europeu era mais atrativo, porém foi convencida por Emília e pelos encantos do sítio do quanto nossas terras são mais belas e interessantes que as do Velho Continente.



sábado, 21 de abril de 2018

Os Moradores do Sítio do Picapau Amarelo

  
Os personagens de Monteiro Lobato possuem uma importância para o imaginário infanto-juvenil e popular, análogo à importância dos personagens Asterix para os franceses e os personagens de Walt Disney para os americanos. Cláudio Cardoso de Paiva As personagens que habitam o Sítio, os seus moradores, têm cada qual uma função tracartográficas, extraespaciais e extratemporais, e viver os indescritíveis mundos má- gicos” (CARVALHO, 1989, p. 156). A liberdade de ação da criança, mostrada por Monteiro Lobato, desde Reinações de Narizinho, seduziu os seus pequenos leitores que se imaginavam soltos para viver todas as aventuras possíveis, com o conseqüente afloramento da curiosidade de conhecer o mundo, em seus detalhes. No Sítio, todas as personagens são felizes, livres e vivem sem regras muito severas. As crianças são orientadas apenas a seguir os horários das refeições e de dormir. Essa é a hora sempre muito esperada por todos, porque nesse sítio, ninguém vai para cama sem antes ouvir as histórias que dona Benta conta.
                          Dona Benta: A Contadora de Histórias 

A personagem surge, na primeira versão de Reinações de Narizinho, com mais de setenta anos. Na versão posterior, a partir de 1934, a “pobre velhinha” já havia sido substituída por uma velha de mais de sessenta anos, em virtude das ativas participações nas aventuras propostas por seus netos. Nas adaptações feitas para a televisão, dona Benta foi rejuvenescida ainda mais. Mostra uma senhora muito bem disposta e, nesta versão apresentada pela TV Globo, a partir de outubro de 2001, a personagem ganhou até computador, microondas e vive às voltas com várias campanhas sociais. Dona Benta é a figura simpática da avó, inteligente e livre-pensadora, dona de uma notável bagagem de experiência, sabedoria e compreensão; constitui-se no símbolo da razão e do bom senso, a guiar e formar o bando travesso e ávido de curiosidade. Dona Benta constitui o elemento neutralizador da ação erudita do Visconde, simplificando sempre os conhecimentos e tornando claras as idéias complicadas do ‘sábio’ (CARVALHO, 1989, p. 157). Essa personagem é a que une o mundo real com o mundo imaginário, pois possui a grande e nobre tarefa de contar histórias a seus netos. Esse papel de contadora de histórias é desempenhado, com maestria, por dona Benta, porque ele tem o seu jeito especial de transmitir as clássicas narrativas. Sentada em uma cadeira, dona Benta traz sempre consigo um livro às mãos. Com isso, revela a fonte de sua sabedoria, pois mostra que possui conhecimento das histórias por meio dos livros que compõem a sua biblioteca. A fórmula que dona Benta descobriu para contar histórias é muito simples. Com o livro às mãos, a personagem valoriza esse meio de comunicação e fonte de suas narrativas e ao invés de apenas ler suas páginas, conta a história, com suas próprias palavras, utilizando gírias e termos que as crianças conhecem. Consegue unir o livro, uma leitura solitária à arte de contar histórias, uma socialização das emoções. 

Tia Nastácia e Tio Barnabé: 
Representante da cultura popular, a escrava e moradora do Sítio é a única que não tem conhecimentos de livros, só a sabedoria recebida através dos seus antepassados. Conhece os remédios caseiros, os benzimentos, as histórias de tradição oral, as lendas e os mitos, como Saci e a Cuca, além de outros, e nutre por eles um forte sentimento de medo. Tia Nastácia vive se benzendo para se proteger de todos os males e, principalmente, quando ouve as histórias extravagantes que as crianças contam, justamente por não conseguir entendê-las. Ao criar essa personagem, Lobato quis retratar a presença das escravas, que ganhavam alforria, mas que continuavam prestando serviços aos antigos donos. O mesmo aconteceu com tio Barnabé, que continuou morando em um casebre, nos limites do sítio, um exemplo da atitude dos senhores que não tinham o que fazer com os antigos serviçais. Tia Nastácia, figura folclórica de preta velha, cuja ignorância, pura e ingênua, é vivida na plenitude de suas superstições, herança dessa boa raça negra, representa uma personagem também imprescindível à obra. O tio Barnabé com a tia Nastácia formam ambos os canais humanos do Folclore na obra lobatiana (CARVALHO, 1989, p. 157).

Visconde de Sabugosa
 O cientificismo de Lobato Criado a partir de uma espiga de milho, o Visconde de Sabugosa representa, simbologicamente, o conhecimento científico, adquirido pelo “contato” com os livros na biblioteca do Sítio. Essa personagem “nasceu” de uma brincadeira de Narizinho e Pedrinho, que estavam à procura de um pai para o Marquês de Rabicó, o porco, para pedir a mão de Emília em casamento a seu filho. Essa brincadeira com espigas de milhos, chuchus, abobrinhas era comum nas zonas rurais e Lobato confessou ter utilizado-os para brincar com suas irmãs. Diz o autor que brinquedos industrializados não tinham vida, por isso aqueles que eles mesmos criavam podiam sofrer transformações até ir para a lata do lixo. O Visconde é a personagem que identifica o autor no mundo das ciências, com explica- ções exatas para todos os acontecimentos e, como conseqüência de sua extrema sabedoria, torna-se cansativo na opinião dos moradores do Sítio. O título de visconde parece ser, também, uma referência ao avô de Lobato, o Visconde de Tremembé, “figura que aparece com força nas suas memórias de infância”, além de dualidades de admiração e de diferenças de opiniões. “Talvez seja a razão de Lobato matar e ressuscitar tantas vezes o herói-sabugo?” (PENTEADO, 1997, p. 212). “O Visconde de Sabugosa é símbolo da erudição alienada das realidades, ilhado em seu mundo livresco, a consumir-se entre as prateleiras e a poeira das estantes”, afirma Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1989, p. 157). O Visconde desempenha funções importantes em quase toda a obra. De fato, vai-se tornando mais ‘simpático’, um ‘gigante’ em Chave e, na última história, é vítima de umaloucura ‘heróica’, o que indica um desejo interior de Lobato de redimi-lo. Não fosse a posição assegurada de Emília, na obra de Lobato, como personagem principal, o Visconde de Sabugosa poderia ter tido suas pretensões ao estrelato (PENTEADO, 1997, p. 213). Na atual adaptação feita para a televisão, o Visconde aparece com tamanho reduzido, dando a ele um sentido mágico e sobrenatural, valorizando o fato de ter sido anteriormente uma simples espiga de milho.

Pedrinho: o menino Lobato 
 Quando criança, viveu muitas aventuras na fazenda de seu avô. Pescar, caçar e ouvir histórias das criadas eram suas distra- ções. Quando imaginou o Sítio, colocou-se como Pedrinho, revivendo as suas próprias molecagens. Pedrinho é o menino que mora na cidade, filho de Antonica, neto de dona Benta. Não vê a hora de chegarem as férias para ir para o sítio de sua avó, brincar com Narizinho e Emília. Participa de todas as aventuras e está sempre pronto para caçar o Saci. Pedrinho é a infância reencontrada, reinventada e revivida do seu criador. É o potencial másculo na integração do cenário humano; encenando a sua atuação de homem, desenvolvendo a personalidade masculina do inconsciente jogo lúdico, pondo em evidência as suas características: ‘Este meu neto vai, quando crescer, virar um grande homem, não resta dúvida’. ‘Pedrinho é um menino que promete, confirmou tia Nastácia’. Eis os prognósticos da avó e da preta velha, através dos quais o próprio autor se projeta e se de- fine (CARVALHO, 1989, p. 156). Além disso, Pedrinho é o elo que liga a cidade ao campo, contando as novidades, inserindo o leitor em um mundo que conhece.

                                         
                                  Narizinho: a Alice de Lobato
A personagem Lúcia, de apelido Narizinho, é a representação da menina, a heroína pronta para viver inúmeras aventuras, com graça e simplicidade, próprios da infância, juntamente com seu primo, o Pedrinho. Narizinho, ao ganhar vida nos livros de Lobato, mostra a sua semelhança com Alice, a do “País das Maravilhas”, em relação ao seu ímpeto de criatividade nas brincadeiras, vivendo seus contos de fadas, com grande naturalidade: ... a primeira versão de A Menina do Narizinho Arrebitado mostra que seu ponto de partida foi a invenção de Lewis Carroll, quando em 1862 escreve Alice no País das Maravilhas. Tal qual Alice que, brincando no jardim, está quase adormecendo quando vê passar um coelho vestido consultando um reló- gio, e ao persegui-lo entra em uma toca que a leva ao ‘país das maravilhas’, também a Lú- cia de Lobato já ia adormecendo à beira do regato, no sítio da avó, quando sente cócegas no nariz e ali vê um peixinho e um gafanhoto, muito bem vestidos e conversando... e acaba por seguir o peixinho-príncipe, entrando no maravilhoso Reino das Águas Claras. Ambas as personagens (a de Carroll e a de Lobato), no final, voltam para a realidade comum, no momento em que acordam: tudo não passara de um sonho...(COELHO, 1995, P. 851). O escritor, ao criar Narizinho, uma menina diferente às de sua época, com um espírito questionador, de imensa curiosidade e desenvoltura em suas brincadeiras, apesar de seguir alguns padrões estabelecidos paraa sociedade, como ser cozinheira, costureira e andar sempre com uma boneca, brinquedo preferido pelas crianças do sexo feminino. Lobato, ao criar a Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, esperava mostrar ao mundo uma menina moderna, sem perder os seus princípios femininos. Para Bárbara Vasconcelos de Carvalho (1989, p. 157), o retrato de Narizinho seria assim: “...eis aí Narizinho a brincar o eterno brinquedo da mulher: companheira, mãe, equilíbrio da natureza humana, em seu relacionamento dentro da obra com Pedrinho e a Boneca, perfeitamente situados pelo seu criador, através dos quais se realiza o seu papel simbólico”.




 Emília: a fada brasileira Se Lobato criou Narizinho à imagem de Alice, de Lewis Carroll, Emília também já tinha um antecessor, o famoso Pinóquio, de Carlos Lorenzini, o Collodi. O boneco era feito de pau e é lembrado em Reinações de Narizinho, como o Faz-de conta, feito também de um pedaço de pau pela tia Nastácia. Apesar dessa referência que Lobato faz, na verdade a essência da Emília lembra o Pinóquio, um boneco que não aceita facilmente as circunstâncias que a vida impõe, questiona, reivindica os seus direitos, mas agrada a todas as crianças do mundo. ... Pinóquio retrata o espírito de um povo e de uma época, dentro de seu conteúdo universal. Insinua a filosofia do livre-arbítrio. Pinóquio ‘é sempre um padrão de suas determinações’, princípio do livre-arbítrio... (CARVALHO, 1989, p. 112). Ao imaginar Pinóquio, Collodi evoca idéias bíblicas do relacionamento pai e fi-lho, o abandono do lar pelo filho, o sofrimento decorrente de tal ato e a volta ao lar, pois segundo o ditado “o bom filho à casa torna”, com o conseqüente perdão do pai e o aprendizado que recebe ao mostrar-se um bom menino, tornando-se humano. É, realmente, uma obra de arte, em seu dualismo filosófico: boneco de pau, filho humano; no seu pluralismo despretensioso de relações humanas; na realização de uma verdadeira obra de ficção – Pinóquio é um tipo literário universal (CARVALHO, 1989, p. 112). O autor de Pinóquio, por sua vez, também recorreu às fontes primárias das histórias de tradição oral. Foi buscar seu boneco nos heróis mitológicos da Grécia antiga, repletos de significações, para justificar o destino do homem e os rumos de sua vida. Inspira-se na Mitologia grega para criar seu boneco de pau: Jápeto era pai de Prometeu, que criou o homem do limo da terra e o animou para a ira de Júpiter. Geppetto era pai de Pinóquio, e criou-o de um pedaço de pau, para castigo de sua audaciosa pretensão (CARVALHO, 1989, p. 112).

Em Reinações de Narizinho, Emília “nasce” de forma discreta, não tinha proje- ção. Era apenas uma boneca que começou a falar e a fazer parte das histórias. O crescimento da personagem foi notável e essa simpatia de Lobato por ela transformou-a na boneca mais conhecida do mundo. Na opinião da pesquisadora Nelly Novaes Coelho (1995, p. 854), “quanto à humanidade de Emília, torna-se impossível detalhar aqui a atuação da boneca Emília nas várias situações em que ela se revela comoo protótipo-mirim do ‘super-homem’ nietzschiano, com sua Vontade de Domínio e exacerbado individualismo...”. Alter-ego de Lobato, que diz: “literatura é voz e Emília foi a minha voz. O meu arranco, o meu espanto e será a minha despedida. Dei meus gritos através dela me salvando da loucura e de tantos aborrecimentos, Emília sempre esteve comigo, filha amada e zombeteira, minha boneca de pano contra as burrices do mundo e contra a ‘estupidez humana’ ”... (DANTAS, s.d., p. 115), representada pela livre maneira de pensar e falar, principalmente por se tratar de uma boneca, tomou rumos que chegou a assustar o próprio autor (s.d., p. 341), que confessou a Rangel, em uma de sua cartas: (A Emília) começou com uma feia boneca de pano, dessas que nas quitandas do interior custavam 200 réis. Mas rapidamente foi evoluindo e adquirindo tanta independência que (...) quando lhe perguntaram: ‘mas que você é, afinal de contas, Emília?’ ela respondeu de queixinho empinado: sou a Independência ou Morte! E é tão independente que nem eu, seu pai, consigo domá-la. (...) Emília que hoje me governa, em vez de ser por mim governada”. Nelly Novaes Coelho (1995, p. 854) fala mais uma vez de Emília, como a fi- gura marcante da produção literária infantil de Lobato: “indiscutivelmente, ela é a personagem-chave do universo lobatiano, pois é a única que vive em tensão dialética com os demais e também a única que sofre transformações em sua personalidade”. A simplicidade de uma boneca feita de retalho de pano aliada à esperteza em falar tudo o que vem à mente, fez de Emília, a “dadeira de idéias”, a personagem mais conhecida de todo o universo lobatiano. E, como prova disso, muitas opiniões se convergem para enaltecer o papel dessa boneca, que ganhou espaço nos livros e na televisão.


                            Conselheiro, Marquês de Rabicó 
O Quindim Esses animais também “moram” no Sítio, mas não fazem parte das personagens fixas, atuantes em todas as aventuras. São exemplos da literatura fantástica, pois eles falam, pensam e demonstram seus sentimentos. Para Whitaker Penteado (1997, p. 212), os três formam “um trio, ilustrativo do sincretismo criativo que Lobato estabelece entre os três mundos da fantasia: pessoas, animais e brinquedos”. Um burro que fala, vindo do País das Fá- bulas, o Conselheiro; um porco que tem a irracionalidade do animal, representada pela gula e um rinoceronte, que domina a língua portuguesa, e tem um nome delicado, contrá- rio à sua aparência, compõem o elenco das personagens de sentido maravilhoso, ao lado do Príncipe Escamado, um peixe, entre outros que deram vida à obra de Lobato.
  Fonte de pesquisahttp://www.bocc.ubi.pt/pag/marcolla-rosangela-monteiro-lobato-contador-de-historias.pdf

TEATRO: UM OLHAR LÚDICO À FACE DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL


 O #teatro está inserido em nossas #vidas desde a primeira infância, presente e vivo em vários lugares, na escola não poderia ser diferente, pois encontramos nas brincadeiras das crianças, no faz-de-conta dos #livros e até nas aulas expositivas, o gosto pela representação, imaginação e vivência dos personagens, portanto uma cultura viva. Sendo parte do nosso meio, abre uma possibilidade #lúdica de resolver problemas, discutir conceitos, brincar, sorrir e aprender. Por meio dele, o #professor pode perceber o desenvolvimento do aluno, personalidade, comportamento individual e coletivo. Essa situação, permite ao educador um melhor direcionamento para a aplicação do seu fazer pedagógico. A dramatização a princípio é complexa para criança, devido aos problemas mais comuns como timidez e falta de interação, nesse caso o professor deve ser o grande motivador dessa atividade lúdica. O teatro possibilita a criança compreender o pensamento e a linguagem do outro, o brincar pode se transformar num instrumento de construção do conhecimento. O #brincar equilibra as tensões, constrói a individualidade e personalidade da criança. A escola pode facilitar a aprendizagem utilizando atividades lúdicas como ferramenta pedagógica, entre elas o teatro. Este recurso ultrapassa as linhas imaginárias e abstratas da criança, de modo a estabelecer ligação direta com o concreto. Há uma dicotomia entre a prática e a teoria na #educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, referente à utilização do lúdico como meio de alfabetizar e promover a interação dos #alunos e suas potencialidades. Este texto não é inovador quanto à utilização do teatro como prática educativa, mas um meio de discutir sua aplicação no ambiente escolar, interação, assimilação, desenvolvimento cognitivo, psico-motor e social, fazendo que seja entendido como um meio imprescindível na formação critica da #criança.







quarta-feira, 18 de abril de 2018

Fotos do Inicio do Projeto "vida , Obras e Personagens de Monteiro Lobato

Falando sobre-o #Livro Infantil... #Era uma vez um homem que contava #histórias, falando das #maravilhas do mundo #encantado, que só as crianças podiam ver.
Mas esse #homem que falava às crianças conseguiu descrever tão bem essas maravilhas que fez todas as pessoas acreditarem nelas. Pelo menos as #pessoas que cresceram por fora, mas continuaram sendo crianças em seus #corações.


Emília, a Boneca-Gente

De uma #caixa de costura
Pano,linha e agulha
Nasceu uma menina valente
Emília,a Boneca-Gente
Nos primeiros momento de vida
Era toda desengonçada
Ficar em pé não podia,caía
Não conseguia nada...
Emília,Emília,Emília
Emília,Emília,Emília
Mas a partir do momento
Que aprendeu a andar
#Emília tomou uma pílula
E tagarelou,tagarelou a falar
Tagarelou,tagarelou a falar
#Ela é feita de pano
Mas pensa como um ser humano
Esperta e atrevida
É uma #maravilha
Emília,Emília
Emília,Emília,Emília
Emília,Emília,Emília

Para #história,ela tem um plano
Inventa mil idéias,não entra pelo cano
Ah,essa #boneca é uma maravilha!
#Leitura/ #Xuxa
De repente naveguei 
Como o pirata da #perna de pau 
Num instante me encontrei 

Defendendo jacaré no pantanal
Em seguida eu vivi 
Uma #história de amor ao luar 
Cada dia uma aventura 
A leitura faz a gente viajar
É bom voar nas asas da imaginação 
É #alimentar o corpo, a mente e o coração (Bis)
#Lendo a gente pode ser 
Tudo aquilo que a gente sonhar 
Se conhece o mundo inteiro 
Sem ao menos sair do lugar
Conhecemos as pessoas 
E o que existe entre o céu e o mar 
E numa lição de vida 
Aprender pra depois #ensinar




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