segunda-feira, 20 de julho de 2009

PROJETO "FOLCLORE"







TEMA
Folclore
DURAÇÃO
Agosto de 2009

AUTORA:
Maria Aparecida Rodrigues Marques

CLIENTELA
Maternal II-B e Jardim I -B

ÁREA DE CONHECIMENTO
*Identidade e Autonomia
*Linguagem Oral e Escrita
*Matemática
*Artes
*Natureza e Sociedade
*Música
*Movimento

JUSTIFICATIVA:
O saber popular é um dos pontos de partida para o fazer pedagógico, buscando assim ampliar o conhecimento, compreensão e análise das conquistas dessa cultura e seus diversos determinantes, além da importância de se preservar as tradições de um povo.
OBJETIVOS:
• Repassar valores culturais.
• Conhecer e Resgatar a importância do Folclore.
• Conhecer músicas e brincadeiras folclóricas.
• Socializar.
• Estimular o ritmo.
• Desenvolver a linguagem oral e escrita.
• Desenvolver a criatividade.

DESENVOLVIMENTO:
No primeiro momento, trabalharemos Identidade e Autonomia, fazendo uma investigação com os alunos sobre os conhecimentos preexistentes sobre o assunto. Diante de explanações e questionamentos será feita uma listagem com os resultados obtidos:
- Roda da conversa (crianças em círculo)
- Explicar o que é folclore: são lendas, superstições, parlendas, brincadeiras, adivinhas.
Iniciaremos o projeto contando história sobre algumas lendas:
- Lenda do Saci
- Lenda da mula sem cabeça
- Lenda do Boto
- Lenda do Boitatá
- Lenda do Curupira
Trabalharemos com as lenda, contando-as e reproduzindo-as através de desenhos .
Na aula de Artes confeccionaremos máscaras variadas ( saci, sereia, curupira, caipora).
Na área de Matemática trabalharemos com jogos de memória, confeccionados pelos próprios alunos.
Também em Artes modelaremos o cachimbo do "saci-pererê" e o "Bumba-meu-boi".


SUGESTÃO DE HISTÓRIA


Era uma vez em uma floresta vários personagens lendários, que resolveram promover uma festa a fantasia para comemorar o dia do Folclore.
Começaram os preparativos: a decoração, a comilança e os convites.
O Sabiá se encarregou de levar os convites.
Tudo foi organizado na caverna da Cuca.
O Curupira foi responsável pelos doces e quase botou fogo nas panelas
A Iara trouxe os enfeites: pedras coloridas , conchas, estrelas-do-mar e peixinhos.
Chegou a grande hora. Os parentes, amigos e todos os lendários foram chegando.
O DJ era a Mula-sem-Cabeça que estava enlouquecida para agitar a galera.
Logo entrou o Saci Duas Pernas, o Lobiboi, a Iara Pocotó, o Curuiara, a Mula-com-Cabeca, o Bumba Tatá e outros conhecidos e desconhecidos.
A Iara falou:
- Todo mundo dançando! Vamos lá galera!
A bruxa Caxuxa gritou:
- Mexam o esqueleto!
O Boi-da-Cara-Preta mugiu:
- Não pisem nos pés dos meus filhinhos!
A festa estava muito divertida e foi até o amanhecer.
Dançaram até cansar e a caverna ficar vazia. Foi uma festa sensacional!
Há! O Boto-Cor-de-Rosa comeu todo


Aproveitaremos a aula de Linguagem Oral para trabalharmos com parlendas. Pseudo-leitura.

Uni duni tê
Salamê minguê
Um sorvete colorê
O escolhido foi você.
Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu , morreu
O culpado não fui eu.
Lá na rua vinte e quatro
A mulher matou um gato
Com a sola do sapato
O sapato estremeceu
A mulher morreu
O culpado não fui eu.
Batalhão lhão lhão
Quem não entrar é um bobão
Abacaxi,xi,xi
Quem não sair é um saci
Beterraba, raba,raba
Quem errar é uma diaba
Borboleta, leta, leta
Quem errar é um capeta.
Hoje é sábado
Pé de quiabo
Amanhã é domingo
Pé de cachimbo
O cachimbo é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Chifra a gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo.
Um, dois, feijão com arroz
três, quatro, feijão no prato
cinco, seis, no fim do mês
sete, oito, comer biscoito
nove, dez comer pastéis.
Quem foi a cotia
Perdeu a cotia
Quem foi pra Pirapora
Perdeu a hora
Quem foi prá Portugal
Perdeu o lugar
Quem foi à roça
Perdeu a carroça
Rico trigo
Um, dois, três
Lá vou eu!
Cadê o toucinho
Que estava aqui?
O gato comeu
Cadê o gato?
Fugiu pro mato
Cadê o mato?
O fogo queimou
Cadê o fogo
A água apagou
Cadê a água?
O boi bebeu
Cadê o boi?
Foi amassar o trigo
Cadê o trigo?
Foi fazer o pão
Cadê o pão?
O padre pegou
Cadê o padre?
Foi rezar a missa
Cadê a missa?
Já se acabou.

Ainda na aula de Artes, exploraremos a parlenda (recorte e colagem) e em Linguagem Oral, repetiremos as parlendas várias vezes para a memorização.
Também aproveitaremos esta aula para trabalharmos com adivinhas, lançando desafios de perguntas:
*O que é, o que é?

Em casa está calado,
No mato está cantando
(machado)
Nasce no mato,
Na mata se cria,
Só dá uma cria.
(bananeira)
Tem asa e não voa
Bico e não belisca
Anda e não tem pé.
(bule)
Quatro na lama,
Quatro na cama,
Dois parafusos,
E um que abana.
(vaca)
Verde come folha,
Encarnado come sangue,
Doce como o mel,
Amargo como o fel.
(café)
Tem dente, mas não come,
Tem barba, mas não é homem.
(alho)
Cai da torre,
Não se lasca,
Cai na água,
Se espedaça.
(papel)

Cai da torre,
D'água nasce,
Na água cresce,
Se botar n' água,
Desaparece.
(sal)
Uma bola, bem feita
De bom parecer,
Não há carpinteiro,
que saiba fazer.
(lua)
Do tamanho de uma bola,
Enche a casa até a porta.
(lâmpada)
Quando estamos em pé,
Ele está deitado,

No eixo Música e Linguagem Oral trabalharemos com as cantigas populares e conversaremos sobre as brincadeiras que fazem parte do Folclore.
Cantigas de roda
Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha,
vamos todos cirandar,
vamos dar a meia-volta,
volta e meia vamos dar.
Ó senhora dona clara,
entre dentro desta roda,
diga um verso bem bonito,
diga adeus e vá-se embora.
Caranguejo não é peixe,
caranguejo peixe é,
caranguejo só é peixe
na enchente da maré.
O anel que tu me deste
era vidro e se quebrou,
o amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.
Vai embora, vai melão,
vai melão, vai melancia,
vai jambo, sinhá, vai jambo,
vai jambo, sinhá, bem doce.
Senhora dona sancha
Senhora dona sancha,
coberta de ouro e prata,
descubra seu rosto,
que eu quero ver sua cara.
Que anjos são esses
de noite e de dia
que andam me rodeando,
-padre-nosso, ave-maria.
Somos filhos de um rei
e netos de um visconde
que mandam que se esconda
debaixo de uma ponte.

Garibaldi

Garibaldi foi à missa
com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.
Garibaldi foi à missa
com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.
Garibaldi foi à missa
com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi lá ficou

Se esta rua fosse minha

Se esta rua,
se esta rua fosse minha,
eu mandava,
eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas,
com pedrinhas de brilhantes,
só pra ver,
só pra ver meu bem


ATIVIDADES
Artes: quebra-cabeças sobre personagens das lendas, modelagem com massinha, jogo da memória, máscaras, montagem de um livro sobre o Folclore, oficinas de artes: montagem de pipas, bilboque, cata-vento,etc.
-Textos (poesias).
-Músicas.
-Cruzadinha.
-Atividades matemáticas.
-Histórias.
-Caça-palavras.
-Jogos e brincadeiras.
-Liga-pontos.
- Caixa de livros na sala de aula
- Rodas cantadas
- Jogos e brincadeiras
- Fantoches de dedo
- Painel na sala
- Jogos de encaixe de provérbios
- Dominó de adivinhas
- Dobradura de personagens lendários
Conceitos atitudinais
*Interesse e respeito pela sua cultura.
*Preservação pela tradição de seus costumes.

Sugestões de Brincadeiras:
• Amarelinha
• Bolinhas de sabão
• Bilboquê
• Gosta desse
• Passa anel
• Boca de forno
• Balança caixão
• Cabra cega
• Jogo da velha
• Seu reizinho mandou
• Boca de leão
• Viva o bandor
• Meia, meia lua
• Vai e vem, etc...
Questionaremos com os pais, quais as brincadeiras que eles já brincaram com seus filhos, resgatando assim as brincadeiras de antigamente.
No eixo Movimento, poderemos então trabalhar as brincadeiras propostas pelos alunos.

RECURSOS:
Materiais:
*Livros de Histórias sobre folclore;
*Materiais para confecção de máscaras: cartolina, lápis de cor ou giz de cera, tesoura, lastex.
* Massinha para modelagem;
*Materiais para oficina de Artes: garrafas plásticas, vazias (de refrigerante), papel sulfite, seda, fantasia, palitos de churrasco, cartolina, cola, tintas diversas.
*DVD - Sítio do Pica-pau Amarelo.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita através da participação contínua durante as atividades propostas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Livros :
• Dia- a - Dia do Professor
PINTO Gerusa Rodrigues e
LIMA Regina Célia Villaça Lima
Editora FAPI LTDA
Volume 3

ANEXOS:
Sites de pesquisas:

WWW.aprendemimosodosul.com.br
www.ifolclore.com.br
www.folclorebrasileiro.com.br

2 comentários:

ENSINANDO COM AMOR E NÃO POR AMOR! disse...

O QUE É O FOLCLORE?

Folclore é um conjunto de lendas, histórias, culturas, crenças, mitos e tradições que são passadas de geração em geração. É tudo que simboliza os hábitos de um povo, que foram conservados através do tempo. Para que conheçamos a cultura de um país, é importante saber um pouco mais sobre seu folclore. É parte da expressão de um povo e, aqui no Brasil, está inserido no patrimônio cultural, assegurado pela lei.
O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, é comemorado no dia 22 de agosto. Portanto agosto é considerado o mês do folclore.

ENSINANDO COM AMOR E NÃO POR AMOR! disse...

PRINCIPAIS
PERSONAGENS FOLCLÓRICOS:

Saci-Pererê – Menino travesso que cria desordem por onde passa. Tem uma perna só, fuma cachimbo e usa um gorro vermelho na cabeça que lhe dá poderes mágicos, como aparecer e desaparecer quando e onde quiser. Adora fazer travessuras como soltar os animais dos currais, fazer tranças nas crinas dos cavalos e bagunça na cozinha.

Foi criado em 2005, em caráter nacional, o Dia Do Saci. Comemorado no dia 31 de outubro, é uma tentativa de valorizar a cultura nacional.

Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Mati-taperê, Matiaperê, Matimpererê, Matintaperera, Capetinha da Mão Furada, etc.


Lobisomem – Diz a lenda que quando um casal tem sete filhas e o oitavo é homem, ele será um lobisomem. A criança nasce normal, mas aos 13 anos começa sua saga como homem-lobo. Ele sai nas noites de lua cheia e ataca cachorros e galinhas.

Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia).

Boitatá – Diz a lenda que o boitatá é uma espécie de serpente de fogo encantada, que vive nos rios mais profundos e se alimenta dos olhos dos animais. Alguns dizem que ela é o espírito de gente ruim que vaga pelas matas, tocando fogo em tudo o que vê. É um mito de origem indígena.

No Sul: Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.

Mula-sem-cabeça – Diz a crença que ela é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Nas noites de quinta para sexta, ela vai até uma encruzilhada e se transforma na mula. Ela percorre a cidade e, quando vê uma pessoa, chupa seus olhos, unhas e dedos. Para se defender dessa criatura, a pessoa deve deitar no chão e esconder esse alvos.

Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabeça, Padre-sem-cabeça, Malora (México).

Curupira – Anão de cabelos vermelhos e pés virados para trás que protege as florestas. Ele usa os pés para confundir os caçadores, dando rastros falsos, deixando-os perdidos na mata. Dizem que, ao entrar na floresta, é bom levar um fumo de rolo para agradá-lo.
Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Mãe do Mato, Caiçara, Caapora, Anhanga, etc.


Iara - A Mãe D’água – Sereia que vive nos rios e hipnotiza os pescadores com seu magnífico canto. Ela tem cabelos longos enfeitados com flores, é muito bonita e seu principal objetivo é atrair os homens para o fundo das águas. Às vezes, toma a forma humana e sai à procura de vítimas.
Lenda de origem: Européia com versões indígenas, da Amazônia.

Boto-cor-de-rosa – É um animal mamífero que se parece com um golfinho e vive no Rio Amazonas. Ele toma forma humana para conquistar as mulheres, se transformando em um homem bem apanhado envolvendo-as. É considerado o pai de muitas crianças que nascem em sua região.


Negrinho do Pastoreio – É uma lenda da região sul do país que envolve religião. Dizem que na época da escravidão, um senhor de engenho malvado ordenou que um menino negro fosse pastorear cavalos e, ao voltar, percebeu que um deles havia sumido. O menino foi procurá-lo, mas não o encontrou. O estancieiro chicoteou o garoto e o colocou sobre um formigueiro como castigo, mas, ao amanhecer, um milagre aconteceu! O escravo estava lá de pé, sem feridas, com a Virgem Nossa Senhora e todos os cavalos. A partir de então, ele cavalga pelos campos ajudando as pessoas que perderam objetos.

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